Não há como negar a percepção do mercado de administração de condomínios, do impacto que a crise financeira que o Brasil vive tem feito sobre a gestão dos empreendimentos. Onde conforme o IBGE, as taxas de desemprego, ainda estão em valores altíssimos na casa dos dois dígitos a algum tempo.
Mas com tudo isto, a gestão dos condomínio, tem sofrido com diminuição de receitas, seja por conta de inadimplência de condôminos, ou por receio de investimento, isto tem impactado diretamente as manutenções, reformas e acompanhamento de reformas das unidades os quais em um momento tem sido adiado, e em outro tem se adotado a contratação pelo menor preço.
Aqui está um grande perigo, justamente por esta enxurrada no mercado de profissionais técnicos que buscam prestação de serviço, e o único diferencial para ser identificado e iniciar suas atividades é o baixo valor, mas que no fundo, nem todos possuem conhecimento técnicos e detalhes dos trabalhos , o que leva a serviços realizados de forma precária ou incompletos, os quais não tem como ser recuperados, pois os condomínios já investiram em uma solução e não possuem caixa para refazer o trabalho.
A inadimplência necessita ser controlada, e muitas vezes ocorrem em decorrência, de uma situação onde as famílias não possuem a mesma renda para se manter, pois o período entre uma demissão e uma contratação estão em valores nunca vistos, e construção de renda, muitas vezes demandam tempo para adequação.
Outro ponto, é que na situação atual, alguns condomínios, que até possuíam assessoramento técnico, como por exemplo na análise das solicitações de reformas, cortaram estes serviços, ficando a mercê da análise de pessoas que muitas vezes não sabem realizar tais serviços, justamente em um período onde maus profissionais, por saberem da dificuldade destas análise por parte de condomínios, comercializam responsabilidades técnicas de forma ilegal, e que levam os síndicos ao erro.
Em busca de diminuição de investimentos, muitos contratos com prestadores de serviço, tem sido negociado, mas vale ressaltar, que para atender as legislações trabalhistas, EPI, normas técnicas e normas de segurança do trabalho, há um investimento a ser custeado, e que muitas vezes, uma contratação pelo menor preço, pode negligenciar algum destes aspectos, onde mais uma vez, a qualidade do serviço é colocado em “xeque” e o trabalho ilegal ganha no aspecto custo.
A CONDOMÍNIO EM ORDEM, tem sua função em levar conhecimento aos gestores dos edifícios, e alerta sobre eficiência das gestões, que podem ser questionadas pelos serviços contratados, onde o barato pode sair caro, e o patrimônio de muitos podem sofrer grandes desvalorizações, em decorrência destes serviços realizados, onde o único fator foi o preço na contratação. Não que o mais barato seja pior ou vice versa, mas há parâmetros de valores mínimos que quando são ultrapassados, são sinais de risco na contratação, neste caso recomendamos o descarte destas propostas, e busca de novas no mercado.
O último ponto, mas não menos importante são as oportunidades de corrupção que a crise financeira pode promover. Portanto cuidado.
Tudo colabora para um círculo vicioso onde os empreendimentos, são desvalorizados por conta de manutenções precárias, e o patrimônio de todos tendem a diminuir. por isto o bom sindico tem que pensar diferente dos demais, e manter o bom trabalho galgado em melhores propostas e realizar todas as tarefas necessárias, para a boa qualidade e valorização do empreendimento.
