Muitas vezes, por falta de conhecimento ou pela ausência de fiscalização, na hora dos reparos na instalação elétrica são utilizados produtos de baixa qualidade, que não seguem as normas de segurança.
Uma dica é que fio grosso nem sempre é sinônimo de segurança, sendo necessário o uso de equipamento certo para cada tipo de instalação. Além deste primeiro problema a contratação de profissionais não habilitados para a função que acabam fazendo instalações que causam problemas futuros e no caso de acidentes, poderão acarretar passivos ao condomínio.
MANUTENÇÃO NA INSTALAÇÃO ELÉTRICA
Já a falta de manutenção, nas instalações mais antigas, também ocasiona sobrecargas, curtos-circuitos, choques e até perda do patrimônio, onde um dos maiores problemas hoje nas instalações elétrica são ocasionados por pessoas que fazem instalações elétricas sem segurança, por exemplo a contratação de um amigo da região para um quebra galho, que muitas vezes acham que sabem fazer a instalação acabam deixando um trabalho mal feito por desconhecerem os sistemas elétricos, como o uso do disjuntores, painel de distribuição e outros equipamentos que garantem a segurança da fiação e colocando as próprias vidas em risco.
Elencamos os principais cuidados que um gestor de condomínio deverá se atentar para garantir que seu condomínio se permaneça em ordem.
QUADROS LUZ E FORÇA
- Não alterar as especificações dos disjuntores (diferencial, principal ou secundários) localizados nos quadros de distribuição das edificações, pois estes estão dimensionados em conformidade com a capacidade dos circuitos e aderentes as normas brasileiras e possuem a função de proteger os circuitos de sobrecarga elétrica. Os quadros deverão possuir esquema identificando os circuitos e suas respectivas correntes suportadas (amperagem);
- Não abrir furos nas proximidades dos quadros de distribuição;
- Utilizar somente equipamentos com resistências blindadas, pois os quadros possuem interruptor DR (Diferencial Residual), que tem função de medir as correntes que entram e saem do circuito elétrico e, havendo eventual fuga de corrente, como no caso de choque elétrico, o componente automaticamente se desliga. Sua função principal é proteger as pessoas que utilizam a energia elétrica;
- Em caso de sobrecarga momentânea, o disjuntor do circuito atingido se desligará automaticamente. Neste caso, religar o componente. Caso volte a desligar, significa sobrecarga continua ou curto em algum aparelho ou no próprio circuito, o que torna necessário solicitar análise de profissional habilitado;
- Não ligar aparelhos diretamente nos quadros.
CIRCUITOS, TOMADAS E ILUMINAÇÃO
- Verificar a carga dos aparelhos a serem instalados, a fim de evitar sobrecarga da capacidade do circuito que alimenta a tomada e garantir o seu funcionamento nas condições especificadas pelos fabricantes e previstas no projeto da edificação;
- Não utilizar benjamins (dispositivos que possibilitam a ligação de vários aparelhos em uma tomada) ou extensões com várias tomadas, pois elas provocam sobrecargas;
- Utilizar proteção individual como, por exemplo, estabilizadores e filtros de linha em equipamentos mais sensíveis, como computadores, home theater, central de telefone etc.;
- As instalações de equipamentos, luminária ou similares deverão ser executadas por empresa capacitada, observando-se aterramento, tensão (voltagem), bitola e qualidade dos fios, além de isolamentos, tomadas e plugues a serem empregados;
- Não ligar aparelhos de voltagem diferente das especificadas nas tomadas
- Manutenções devem ser executadas com os circuitos desenergizados (disjuntores desligados) e por profissional habilitado ou capacitado, dependendo da complexidade;
- Sempre que for executada manutenção nas instalações, como troca de lâmpadas, limpeza e reaperto dos componentes, desligar os disjuntores correspondentes
Principais normas técnicas do sistema
ABNT NBR 6493, ABNT NBR 5410, ABNT NBR 5111, ABNT NBR 5349, ABNT NBR 5368, ABNT NBR 8120, ABNT NBR 6689, ABNT NBR 13534 e ABNT NBR 5444
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