ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA, REZE PARA QUE SEJA BEM GERIDA

iluminação de emergência

Iluminação de emergência

O sistema de iluminação de emergência é destinado a clarear as áreas da edificação, específicas e previstas no projeto (por exemplo, halls, escadarias, subsolos, rotas de fuga e outros) no caso de interrupção do fornecimento de energia elétrica da concessionária. Este conjunto de componentes e equipamentos proporcionam iluminação adequada para direcionar e permitir a saída segura do público do interior dos edifícios, em caso de queda de energia elétrica, os sistemas de iluminação de emergência dos condomínios são de extrema importância, já que possibilitam, inclusive, que as equipes de salvamento entrem nos locais com alguma referência e iluminação de apoio.

Normalmente, em caso de incêndio, a energia elétrica é um dos primeiros serviços cortados, desta forma, a instalação de iluminação de emergência é um dos pontos mais importantes em uma edificação, pois garante iluminação suficiente para a evacuação do ambiente em segurança, facilita a ação do corpo de bombeiros na remoção de feridos e sinaliza a rota de fuga.

Devido a esta importância o sistema necessita ações que garantam a possibilidade de manter o equipamento permanentemente acionado para que o sistema de iluminação de emergência seja acionado automaticamente no caso de interrupção da energia elétrica; para isto qualquer alteração nas lâmpadas das luminárias deverá ser com as mesmas potência e tensão (voltagem)  e jamais utilizar como depósito o local onde estão instalados os equipamentos, principalmente não armazenar produtos inflamáveis que possam gerar risco de incêndio; em havendo necessidade de qualquer reposição utilizar somente componentes ou equipamentos que atendam aos critérios definidos na ABNT NBR 10898.

 

Tipos de sistema de iluminação de emergência

Este sistema, possui diversas modalidades que garantem o abastecimento de energia no momento de falta de fornecimento das concessionárias, cada um possui suas particularidade e necessidades especiais quanto ao manuseio, manutenção e reparos.

  • Sistema centralizado com baterias recarregáveis, requer que para manusear as baterias, use luvas de borracha, óculos de proteção e chave de fenda isolada.
  • Baterias comuns, onde para evitar choque elétrico, deverá ser desligado o disjuntor interno, desligar o interruptor e retirar o fusível antes da verificação dos níveis de solução ácida, ao remover as tampas das células, limpeza dos bornes e terminais.
  • Grupo gerador, o qual deve ser garantida a manutenção de reserva adicional de combustível para pelo menos 12 h de funcionamento irrestrito do motogerador; deve haver uma comunicação visual ou sonora à distância, quando for atingido o seu nível crítico na reserva de combustível por 2 h de funcionamento; o conjunto de baterias para partida do motor do gerador deve ser dimensionado de modo a permitir no mínimo dez acionamentos de 10 s, com intervalos a cada 30 s, devendo ser considerada a menor temperatura do ambiente atingível no decorrer do ano; os painéis de controle, as baterias de arranque e as instalações de armazenamento de combustível do sistema do grupo motogerador podem ser compartimentados de forma a evitar a propagação de um eventual incêndio entre as partes; os tanques de armazenamento de combustível, com volume superior ou igual a 200 L, devem ser montados dentro das bacias de contenção com dreno e filtro de cascalho, além de atender às exigências da legislação local sobre segurança.
  • Conjuntos de blocos autônomos e módulos, que são os equipamentos de iluminação de emergência constituídos em um único invólucro, contendo lâmpadas incandescentes, fluorescentes, semicondutores ou fonte de luz instantânea com desempenho lumínico adequado que atenda aos seguintes requisitos: fonte de energia elétrica, com carregador e controles de supervisão da carga da bateria e da fonte luminosa; sensor que ativa as luminárias na falta de tensão alternada da rede ou da falta de iluminação no ambiente; as especificações dessa norma, incluindo as normas específicas para esse tipo de equipamento.

Qualquer que seja a forma de ligação ou tipo de fonte utilizada, o mesmo deverá ter uma autonomia para assegurar o funcionamento ininterrupto do sistema por uma hora, no mínimo.

Testes rotineiros

Os equipamentos e sistemas como um todo, deverão ser testados periodicamente e constar do plano de manutenção do edifício, o desrespeito a estas regras podem colocar muitas vidas em risco

É recomendada uma reserva de componentes, primários, como lâmpadas e fusíveis, igual a 10% do número de peças de cada modelo utilizado, com um mínimo de dois por modelo. E em hipótese alguma aceite soluções caseiras, substituições de componentes que não sejam normalizados, pois vidas dependem deste sistema, por isto a chamada, reze para ser gerido, caso contrario sua vida estará em risco no caso de necessidade de uso.

Com a permissão de importação de componentes eletrônicos, e comum nos depararmos com situações, onde o preço é o principal componente de decisão, o uso de componentes, de baixa qualidade e desalinhados a normalização vigente, onde além de não garantir a funcionalidade no momento de necessidade, pode gerar mais riscos em uma situação de emergência, como por exemplo, brilho além do permitido, que ofusca uma rota de emergência, ou emissão de gás toxico durante o uso, por isto a CONDOMÍNIO EM ORDEM recomenda, muita atenção e utilize somente componentes, certificados ou aderentes a normalização nacional, comprovado.

Uma dúvida recorrente são para os casos onde haja gerador, e o condomínio necessita de iluminação de emergência, este requisito depende das instruções normativas do corpo de bombeiro, na região da edificação, e em alguns lugares o mesmo é permitido e em outros não.

Nos estados, onde houver legislação especifica, sobre segurança em edificações, as mesmas são soberanas as normas técnicas, sendo recomendado, uma análise, e em pontos em que a norma for mais restritiva, a mesma deva ser atendida.

 

Principais normas técnicas do sistema:

ABNT NBR 5461, ABNT NBR 5410, ABNT NBR 10898 e ABNT NBR 5413.

Em São Paulo – IT 18 do corpo de bombeiros.

 

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Sobre Ronaldo Sá Oliveira 247 Artigos
Diretor da RSO ASSESSORIA e PORTAL CONDOMINIO EM ORDEM CEO, especialista em normalização atuando em mais de uma centena de comissões técnicas nos últimos anos, dentre as quais ABNT NBR 14037 – norma de manuais de entrega; ABNT NBR 5674 – norma de gestão da manutenção; ABNT 16280 – norma de reforma (autor do texto base); ABNT NBR 15575 – norma de desempenho, ABNT NBR 16747 de inspeção predial etc. Prestador de assessoramento técnico, laudos, pareceres a condomínios e gestão de reformas. É assessor técnico de grandes entidades do setor imobiliário, construção e projetos, coordenador técnico de diversos manuais técnicos do setor e colunista de diversos canais voltados a construção e gestão de empreendimentos. whatsapp 11 99578-2550 ronaldo@rsoassessoria.com.br

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