FUNDO DE RESERVA PARA GARANTA A CONTINUIDADE E O BOM FUNCIONAMENTO DO CONDOMÍNIO

O Fundo de Reserva tem como principal função garantir a continuidade e o bom funcionamento do condomínio em casos de despesas imprevistas e emergenciais, ele também pode ser utilizado para investimentos futuros no condomínio, correto?

Porém, estamos diante de um cenário atípico de pandemia e é esperado que os impactos oriundos desse momento atinjam as moradias. Estamos falando de redução de salários, de cortes, de falta de emprego e é possível que a lista de inadimplência do condomínio cresça e que dentro dela apareçam os nomes de ótimos pagadores. 

Como auditores, temos um trabalho bastante próximo dos administradores dos condomínios e por esse motivo separamos 6 dicas para colaborar com uma ótima gestão do Fundo de Reserva.

6 dicas para fazer uma boa gestão financeira do fundo de reserva

  1. Entenda de finanças – É comum ouvir que alguns síndicos não entendem muito de finanças. E aqui vai a nossa primeira sugestão: buscar conhecimento. Diante da complexidade cada vez maior da gestão de um condomínio, o síndico precisa saber gerir bem os recursos arrecadados e ter conhecimento faz toda a diferença; 
  2. Mantenha a arrecadação – Alguns especialistas do segmento condominial afirmam que o ideal é o condomínio possuir de 2 a 3 meses de arrecadação no Fundo de Reserva, porém, isso é puro feeling. Quanto mais meses de arrecadação couber no Fundo de Reserva, mais o condomínio está preparado para despesas imprevistas e emergenciais;
  3. Defenda a arrecadação – A cota condominial não fica alta por causa do Fundo de Reserva. Há condomínios que suspendem a arrecadação do fundo para diminuir o valor, mas a questão não está na arrecadação do Fundo de Reserva e sim na gestão das despesas ordinárias, já que o fundo é um percentual do rateio ordinário; 
  4. Invista de forma consciente – Em diversas Convenções há cláusulas que dizem que o Fundo de Reserva deve ser aplicado em investimentos conservadores. Mas isso não significa que “SÓ” deva ser aplicado na poupança. Atualmente, há opções de aplicações de riscos médio/baixo que trazem resultados melhores. Dependendo do valor a ser investido, o condomínio pode negociar menores taxas com o gerente do banco. Além disso, há Fintechs e gestores independentes, fiscalizados pelo Banco Central, que oferecem aplicações seguras sem a cobrança da taxa de administração ou cobrando um percentual bem pequeno comparado aos realizados pelos bancos tradicionais. Isso traz maior retorno para o investidor.
  5. Obras requerem outro tipo de arrecadação – O Fundo de Reserva deve ser empregado para situações imprevistas e emergenciais, principalmente em cenários de crise como o qual estamos vivendo. Portanto, o condomínio deve fazer um rateio específico para obras e melhorias. 
  6. Contrate uma auditoria especializada – A auditoria é uma linha defesa para identificar problemas e contribuir na mitigação de riscos. A figura de um auditor independente acompanhando a movimentação do Fundo de Reserva, contribui como um controle na gestão dos recursos arrecadados. 
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Sobre Marcos Braga 7 Artigos
Auditor Independente. Proprietário da MB7 Auditoria e Gestão, empresa especializada em Auditoria de Condomínios e Associações. Contador formado pela Universidade Mackenzie com CRC ativo desde 1999; Membro do IBRACON – Instituto dos Auditores Independentes do Brasil; MBA em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas. Certificado pela Legal Ethics Compliance. Nos últimos 7 anos, antes de fundar a MB7, trabalhou na Diretoria de Risco e Compliance à frente da Unidade de Aderência Regulatória do Itaú Unibanco. E-Mail: gestao@mb7condominios.com