A mangueira é um dos principais equipamentos no combate a incêndios, garanta que ela esteja sempre em bom estado, para isto, há requisitos, normas e instruções de como as manutenções devem ser realizadas e periodicidade das mesmas, portanto não seja negligente.
De modo a manter a mangueira de incêndio pronto para a ação e em boas condições, é importante familiarizar-se com que frequência os serviços de manutenção são necessários no equipamento
A Norma Brasileira que aborda os aspectos construtivos e de desempenho das mangueiras de combate a incêndio é a norma ABNT NBR 11861.
Com o objetivo de proporcionar ao sindico maior facilidade na hora de comprar mangueiras de combate a incêndio, essas devem ser identificadas nas duas extremidades com:
- NOME OU MARCA DO FABRICANTE
- NÚMERO DA NORMA ABNT NBR 11861
- TIPO DE MANGUEIRA
- MÊS E ANO DE FABRICAÇÃO
É de extrema importância que, ao comprar ou inspecionar mangueiras, o condomínio verifique a presença desta identificação nas duas extremidades.
A escolha correta do tipo de mangueira garante um desempenho adequado e uma maior durabilidade da mangueira. Essa escolha deve obedecer à alguns critérios tais como, local destinado ao uso da mangueira; pressão máxima de trabalho a que será submetida e as condições de abrasividade.
TIPO DE MANGUEIRA | DESTINAÇÃO |
TIPO 1 | Destina-se a edifícios de ocupação residencial, com pressão máxima de trabalho de 980 kPa (10kgf/cm²) |
TIPO 2 | Destina-se a edifícios comerciais e industriais ou Corpo de Bombeiros, com pressão máxima de trabalho de 1 370 kPa (14kgf/cm²) |
TIPO 3 | Destina-se a área naval e industrial ou Corpo de Bombeiros, onde é desejável uma maior resistência a abrasão e pressão máxima de trabalho de 1 470 kPa (15kgf/cm²) |
TIPO 4 | Destina-se a área industrial, onde é desejável uma maior resistência a abrasão e pressão máxima de trabalho de 1 370 kPa (14kgf/cm²) |
TIPO 5 | Destina-se a área industrial, onde é desejável uma maior resistência a abrasão e a superfícies quentes pressão máxima de trabalho de 1 370 kPa (14kgf/cm²) |
Em vários locais, principalmente em áreas comerciais, tem sido verificada a especificação incorreta do produto, ou seja, mangueira Tipo 1 em local onde deveria ser instalada mangueira Tipo 2.
INSPEÇÃO VISUAL DA MANGUEIRA DE INCÊNDIO
Após ter sido utilizada, o equipamento deve passar pela inspeção visual. Quando a mangueira é submetida a esse teste, ela não pode apresentar:
- Ausência de identificação do fabricante.
- Ausência de vedação de borracha nos engates das uniões ou vedação com problemas (fendilhamento, ressecamento ou corte)
- Deformações nas uniões, sejam elas causadas por quedas, golpes, arraste ou quaisquer outros.
- Desgaste por abrasão na parte externa do revestimento
- Deslizamento das uniões em relação ao equipamento
- Desprendimento da parte externa
- Dificuldades ao acoplar o engate (os flanges devem girar livre e suavemente)
- Manchas e resíduos na superfície externa, originadas por contato com produtos químicos.
Caso a mangueira tenha seu comprimento reduzido por qualquer procedimento de manutenção, ela dó deve voltar a ser utilizada caso essa redução tenha sido de no máximo 2% do comprimento inicial.
TESTE HIDROSTÁTICO EM MANGUEIRA DE INCÊNDIO ABNT NBR 12779
De acordo com a Norma ABNT NBR 12779, toda mangueira de incêndio deve ser inspecionada a cada 6 meses e ser submetida a ensaio hidrostático e manutenção a cada 12 meses.
Esses serviços requerem condições e equipamentos adequados e aderentes a esta norma, a qual define os requisitos mínimos exigíveis quanto à inspeção, manutenção e cuidados necessários para manter a mangueira de incêndio aprovada para uso.
LIMPEZA E SECAGEM DA MANGUEIRA DE INCÊNDIO
Todos os resíduos devem ser removidos da superfície externa da mangueira, e caso a limpeza seja a seco, devem ser utilizadas escovas com cerdas que não sejam metálicas, e o escovamento deve ser feito no sentido da trama.
A mangueira deve ser usada sempre seca, e sua secagem deve ser feita à sombra, com a mangueira na vertical ou em um plano inclinado. Quando for utilizado equipamento para secagem forçada, a temperatura não deve ultrapassar os 50ºC.
Preservação da mangueira
- A passagem de veículos sobre a mangueira deve ser evitada durante o uso.
- Evite contato com superfícies pontiagudas
- Evite contato direto com o fogo
- Evite manobras violentas, entrada repentina de bomba e fechamento abrupto dos esguichos e hidrantes que causam golpes de aríete na linha
- Evite quedas de uniões
- Não arraste a mangueira pelo piso, isso pode causar furos
- Não curve a mangueira na união enquanto a opera
- Não guarde a mangueira molhada e não permaneça com ela conectada ao hidrante ou registro
- O contato com produtos químicos deve ser evitado
- Verificar se as caixas são boas para o acondicionamento da mangueira
- A mangueira que for aprovada após a inspeção/manutenção para uso deve ser armazenada em local seco e ventilado.
ACONDICIONAMENTO DE MANGUEIRA
De acordo com o tipo de utilização, as mangueiras podem ser acondicionadas conforme descrito a seguir:
- forma ziguezague deitada: a mangueira em forma ziguezague deve ser apoiada por um de seus vincos sobre superfície não abrasiva. Podem ser acoplados vários lances para formação de linha pronta;
- forma ziguezague em pé: a mangueira em forma ziguezague deve ser posicionada na vertical sobre ela própria;
- forma espiral: consiste em enrolar a mangueira a partir de uma de suas extremidades, sobre ela mesma, formando uma espiral. Esta forma só deve ser utilizada para armazenamento em estoque;
- forma aduchada: consiste em enrolar a mangueira previamente dobrada contra ela mesma, formando uma espiral a partir da dobra em direção às extremidades. Recomenda-se esta forma de acondicionamento nas caixas de hidrantes.
Recomenda-se que a mangueira seja enrolada para acondicionamento com a formação de novo vinco, ou seja, a posição anterior de dobra deve ser não tensionada, salvo recomendação específica do fabricante.