CORRUPÇÃO NO CONDOMÍNIO, IMPLICAÇÃO NO MODO DA GESTÃO

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Nos sete anos que ministro cursos de formação para Síndicos Profissionais em todo o Brasil tive a oportunidade de conhecer mais de 2,5 mil pessoas extremamente interessadas no condomínio em que residem ou em condomínios que administram ou exercem alguma função relevante. Esse contato próximo fez com que eu confirmasse uma teoria que há tempos já defendia: a de que o profissionalismo da função de Síndico dificulta consideravelmente a possibilidade de corrupção. Para ser mais específico, em até 85%.

Por que isso ocorre? Será que Síndicos Profissionais são pessoas mais corretas que Síndicos Voluntários? A resposta é: não!

O que muda é o controle sobre o que os Síndicos Profissionais recebem dos conselheiros e moradores e a possibilidade de punição, representada neste caso – além da punição legal válida para ambos com a perda de mercado de trabalho.

Um Síndico Profissional que prejudicou um condomínio muito dificilmente será contratado para prestar serviços em outro empreendimento, uma vez que habitualmente os contratantes solicitam referências aos empregadores anteriores.

Um provérbio sábio diz que a oportunidade faz o ladrão. Ser síndico representa ter a oportunidade de comissões financeiras ilegais ou mesmo desvios.

Nós brasileiros aprendemos, na prática, com o caso da Lei Seca, que o controle e a punição mudam o comportamento das pessoas. Neste sentido, o trabalho voluntario, que na maioria das vezes tem o intuito de ajudar a coletividade, também serve de desculpa para não ser controlado.

Quantas vezes os moradores já ouviram frases como: estou fazendo para ajudar, não tenho tempo para burocracias, se quiser faça você? Com argumentos como esses, alguns Síndicos Voluntários – mal-intencionados – aproveitam para não serem controlados e realizam atos de corrupção.

Seguindo a mesma linha do raciocínio anterior, o amadorismo e a falta de conhecimento são ótimos álibis para atos ilegais, representados em frases como: Eu não sabia ou nunca tinha feito isso antes.

Sendo assim, o profissionalismo é uma receita muito eficiente contra a corrupção além, claro, da grande vantagem de se ter um profissional que estudou e se capacitou para realizar tal função, o que deve trazer mais resultado, segurança, comodidade e economia ao condomínio.

Indo ao encontro dessa necessária profissionalização que reduz além dos custos em geral ao empreendimento – a oportunidade de atos de corrupção, é importante que este assunto esteja permanentemente em pauta e seja debatido por quem atua ou pretende atuar neste segmento de maneira honesta e competente.

A participação em discussões desta magnitude é fundamental, pois resulta em um conhecimento agregado do mais alto nível como diferencial de mercado perante à concorrência.

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Sobre Ricardo Karpat 8 Artigos
Diretor da Gábor RH. Especialista em Recursos Humanos, possui experiência profissional de 15 anos no segmento de condomínios. Formado em Administração de Empresas pela FAAP e Pós-Graduado em Marketing pela Universidade Mackenzie. Editorialista da CONDOMÍNIO EM ORDEM. Mais informações: ricardo@gaborRH.com.br