
Obter energia elétrica a partir da luz do sol parece sempre uma alternativa limpa, contudo, o procedimento é pouco utilizado pelas residências, escritórios e indústrias do Brasil. O principal motivo está relacionado aos custos e à falta de informação sobre a eficiência energética dos painéis fotovoltaicos. Além que para edifícios verticais, a área de coleta, muitas vezes, se torna insuficiente perante a demanda.
Em algumas cidades, já há políticas de apoio e incentivos ao sistema, em outras formas de contribuir para uma futura instalação, com obrigatoriedade do construtor deixar a infraestrutura, mas o assunto demanda de estudo de especialista e de previsão de resultados, que não podem se basear somente com a ideia de se fazer o bem ao mundo, sob o risco de um sistema ineficiente que não consiga atender a demanda do edifício, em todos os períodos.
Para a instalação, um estudo preliminar, deverá verificar o desempenho do sistema, com relação a área que se pretende instalar as placas e comparar com o percentual de taxa de economia que o mesmo poderá gerar, somente com este estudo o sindico poderá tomar a decisão se valerá a pena o investimento, frente a taxa de retorno e tempo para que a mesma ocorra.
A aplicação residencial também está se tornando mais comum, depois da resolução da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) 482/2012 sobre a energia solar distribuída. O brasileiro pode gerar sua própria energia elétrica de fontes renováveis ou de cogeração qualificada, além de receber créditos sobre o excedente produzido – essa produção é chamada de microgeração (inferior a 75 kW) e de minigeração (superior a 75 kW) distribuída. Isso incentivou o investimento de residências em painéis fotovoltaicos, pois proporcionam independência energética, causam menos impactos no meio ambiente e podem até gerar lucros. Além de gerar energia elétrica, as placas solares podem servir para o aquecimento de água, o que também traz uma economia de eletricidade ou gás.
Mas é possível instalar um sistema fotovoltaico em prédios? Sim, hoje é possível tornar seu condomínio mais sustentável utilizando energia solar por meio da geração compartilhada estipulada pela resolução 687/2015 da Aneel. Essa geração compartilhada é realizada por múltiplas unidades consumidoras, como é o caso dos condomínios. A energia elétrica gerada será compartilhada entre todos os apartamentos e também nas áreas comuns.