NÃO PLANEJAR SEGURANÇA POR COMPLETO
Para alguns, planejar segurança representa altíssimos investimentos realizados em compra de sistema de CFTV, busca incessante por novas tecnologias de segurança, instalações de barreiras físicas, blindagens de portaria e tudo mais que for possível. Mas, o mais importante, quase sempre é esquecido: o funcionário condominial.
Podemos realizar uma comparação metafórica, seria o mesmo que as companhias áreas investirem milhões em modernização de aeronaves e não prepararem seus pilotos para situações emergenciais.
PULAR A ETAPA DE POSSUIR UM ESPECIALISTA DE SEGURANÇA
A crescente demanda pela manutenção da segurança em condomínios residenciais, comerciais, tem representado significativos investimentos em recursos humanos, equipamentos e medidas organizacionais, exigindo, em consequência, que as etapas de planejamento, desenvolvimento, implantação, controles e ações corretivas, melhorias contínuas, venham ser cada vez mais customizadas.
Mas muitos esquecem ou imaginam que esta é a solução perfeita, mas se pulam a etapa da contratação de um especialista atualizado e independente de ganhos com fornecimento de soluções, tecnologias e insumos
Descrevendo desta forma parece óbvio, porem infelizmente não é. Este erro é cometido frequentemente por Síndicos e Conselheiros, e muitas vezes ratificados por todos em Assembleia.
FALHA NOS PROCESSOS INTERNOS
Os números demonstram que mais de 95% dos arrastões a condomínios ocorrem com entradas autorizadas. Ou seja, o porteiro, o zelador ou o faxineiro (que muitas vezes cobre a portaria) aperta o botão e abre o portão de pedestres ou de veículos, jogando pelo ralo todo o investimento realizado em equipamentos e sistemas de segurança e, pior, deixando os moradores totalmente expostos à ação dos bandidos.
Sendo assim, de nada serve investir em equipamentos? Lógico que serve! Porém, de nada irá adiantar se o profissional responsável pelo controle de acesso autorizar a entrada de um bandido.
Algumas informações muito importantes sobre os funcionários de um condomínio:
- Salários maiores atrairão profissionais mais capacitados;
- Treinamento constante é primordial para que cada funcionário execute sua função corretamente e mantenha o condomínio seguro;
- O Zelador é a pessoa mais importante do condomínio, ele deve ter perfil de liderança, ser confiável e possuir conhecimento técnico;
- Um profissional mal selecionado trabalhando no condomínio coloca a vida de todos em risco;
- Funcionários desmotivados não cumprem corretamente suas funções e, consequentemente, deixam o condomínio vulnerável.
ESTUDE ÀS ÁREAS DE RISCO DO ENTORNO
Segurança é muito mais do que um condomínio fortemente ‘blindado’. O mais eficiente sistema de segurança deve levar em conta todo o ‘ecossistema’ em que o condomínio está inserido.
O mapeamento das áreas de risco do entorno do condomínio é uma prática raramente utilizada, porém fundamental para um projeto de segurança realmente eficiente.
TERCEIRIZAÇÃO DA SEGURANÇA COM FOCO EXCLUSIVO EM CUSTOS
A terceirização pode ser uma excelente opção para melhorar a segurança, entretanto, se o processo não for bem feito o resultado pode ser o inverso.
Muitos gestores de condomínios, preocupados apenas em reduzir custos, contratam empresas despreparadas, que colocam em risco os moradores e o patrimônio.
Existem diversas empresas de terceirização de péssima qualidade, que, em alguns casos, sequer verificam os antecedentes criminais de seus funcionários, podendo, até mesmo, destinar elementos mal-intencionados para cuidar da portaria.
Além disso como, muitas vezes, não pagam e não treinam corretamente seus empregados, a rotatividade de funcionários é muito alta, o que acarreta dificuldades operacionais na segurança, pois na maioria do tempo o condomínio operará com substitutos, que ainda não conhecem devidamente as particularidades do local.
Portanto, exija no caso de terceirização deste setor que a equipe de profissionais passe por uma seleção rigorosa e seja reavaliada semestralmente.
Monitore o cumprimento das obrigações da empresa em tudo, inclusive a salários que devem ser adequados ao nível de exigência da função e ao padrão do condomínio.
Pequenas economias podem gerar enormes diferenças de capacitação e rendimento. Por fim, o condomínio deve ter todos os procedimentos previstos e a equipe deve ser treinada trimestralmente para executá-los da maneira correta.